Casillas e Del Bosque reveem troféu da Copa do Mundo em tour rumo ao Qatar

Iker Casillas, exportero de la selección española campeona del Mundo, sostiene el trofeo durante el acto institucional del "Trophy Tour" organizado por la FIFA en colaboración con Coca-Cola, que pretende acercar el trofeo a las aficiones de los 32 países que participarán el próximo noviembre en el Mundial de Qatar, haciendo su parada este viernes en el Polideportivo Giner de los Ríos de Getafe. EFE/Sergio Pérez

Madri, 16 set (EFE).- O troféu da Copa do Mundo de futebol voltou à Espanha por um dia nesta sexta-feira, como parte do tour organizado pela FIFA para levá-lo aos torcedores dos 32 países que vão disputar em novembro a edição deste ano, no Qatar.

Madri, 16 set (EFE).- O troféu da Copa do Mundo de futebol voltou à Espanha por um dia nesta sexta-feira, como parte do tour organizado pela FIFA para levá-lo aos torcedores dos 32 países que vão disputar em novembro a edição deste ano, no Qatar.

Dois campeões do mundo pela Espanha em 2010, o ex-técnico Vicente del Bosque e o ex-goleiro Íker Casillas foram os anfitriões e puderam curtir mais uma vez o troféu bem de perto.

O capitão da seleção espanhola que conquistou o título na África do Sul e ergueu o cobiçado troféu em Johanesburgo depois de uma atuação impecável na final, com defesas tão decisivas quanto o gol de Andrés Iniesta contra a Holanda, esteve presente hoje em uma cerimônia em Madri na qual ele lembrou o momento da glória: "Era um sonho que tinha desde criança, nunca quero me esquecer".

Mais tarde, Del Bosque esteve presente em um torneio de futebol que fez parte da programação espanhola do tour e foi disputado por 200 crianças, diante das quais mostrou o troféu que ele conquistou à frente da 'Roja'..

Del Bosque também mostrou apoio ao atual técnico da Espanha, Luis Enrique, em quem confia para aproveitar "a grande oportunidade de repetir esse título dentro de dois meses", naquela que será a primeira Copa do Mundo da história a ser realizada no Oriente Médio.

Depois de visitar os outros países incluídos no roteiro do Tour do Troféu da Copa do Mundo FIFA, o objeto de desejo de jogadores e torcedores chegará ao Qatar para dar início à 22ª edição do Mundial. O torneio vai marcar a 13ª vez que o cobiçado troféu em seu atual formato, sucessor da lendária taça Jules Rimet, será conquistado - a primeira foi na edição de 1974, na Alemanha.

O troféu atual, descrito pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, como "o emblema mais bonito que a FIFA poderia sonhar", mede apenas 36,8 centímetros e pesa 6,175 quilos, o que não o torna o maior ou o mais pesado, mas o ouro 18 quilates e os anéis de malaquita em sua base fazem dele o design e a estética ideais para representar o cetro máximo do futebol mundial.

O criador do troféu foi o escultor italiano Silvio Gazzaniga, que começou a concebê-lo quando leu, em 1970, que a FIFA havia entregue definitivamente a Jules Rimet ao Brasil depois da conquista do tricampeonato mundial e que a entidade estava procurando um modelo substituto entre mais de 53 escolhas de diferentes países. "Me tranquei em meu estúdio no bairro dos artistas de Milão e fui trabalhar imediatamente", lembrou ele anos depois.

"As linhas brotam da base, sobem em espiral e se estendem para acolher o mundo", descreveu o próprio escultor, que morreu em 2016, ao explicar seu projeto: "Das notáveis tensões dinâmicas do corpo compacto da escultura emergem as figuras de dois atletas no momento comovente da vitória". Na base, por sua vez, estão inscritos os campeões de cada edição, mas em 2030, no centenário da Copa do Mundo, o espaço para este fim será completado.

Trata-se, no final das contas e como Infantino bem descreveu, de "um objeto mítico para os jogadores e para todos os amantes do futebol", e como tal desfruta de um tratamento protocolar especificamente estabelecido para garantir que as únicas pessoas no mundo que podem tocá-lo, segurá-lo ou erguê-lo sejam os privilegiados que o conquistarem e os chefes de Estado.

Além disso, é o capitão da seleção campeã da edição anterior, como foi o caso de Fabio Cannavaro na África do Sul, em 2010, o responsável por acompanhar o precioso troféu pela última vez, em um caso especial, e oferecê-lo às equipes que disputarem a final, que será realizada desta vez no dia 18 de dezembro.

DESTINO DA JULES RIMET.

A Jules Rimet, taça entregue aos campeões até 1970, batizada em homenagem a um ex-presidente da FIFA, feita de prata esterlina revestida de ouro e de 30 centímetros e 4,5 quilos, tem paradeiro desconhecido, após ter sido roubada na antiga sede da CBF, no centro do Rio de Janeiro, em dezembro de 1983.

Mas aquela não foi a primeira vez que a taça foi o centro de um crime. Em 1966, poucos meses antes de a Inglaterra conquistar a Copa do Mundo, a Jules Rimet, que retrata a deusa grega da vitória, Nike, foi roubada em solo britânico, quando estava em exibição no Westminster Central Hall, em Londres. Na ocasião, ela foi recuperada graças ao faro de um cão chamado Pickles e seu proprietário, David Corbett. Os autores do roubo nunca foram encontrados. EFE

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